"O contexto em que essa dupla traficava cocaína realmente denota uma organização, sofisticação muito grande quanto ao tipo de droga, que se acredita ser de uma pureza muito elevada, em razão da própria clientela deles, mas também como forma de ludibriar qualquer tipo de investigação", afirmou o policial.

O delegado disse ainda que o público-alvo do casal são pessoas de alto poder aquisitivo que residem na Zona Sul da capital pernambucana.

"São pessoas que não querem se expor, não vão até o local do tráfico. O tráfico é que vai até eles. É um público que tem uma imagem a zelar muitas vezes, são pessoas conhecidas na sociedade e que, de fato, preferem receber essa droga em casa", detalhou Vitor Farias, acrescentando que eles também faziam entregas em festas e boates.

Ainda segundo o delegado, os suspeitos foram abordados pelos policiais numa rua, entre a residência onde eles moravam e o imóvel em que guardavam os entorpecentes.

"[Os suspeitos são] pessoas bem articuladas, esclarecidas e que foram surpreendidas. Em certo momento, contribuíram com a investigação, inclusive franqueando o acesso aos imóveis onde estavam guardando a maior parte das drogas", informou Vitor Farias.