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O primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 teve nível de dificuldade médio (dentro do esperado) e, para muitos, mais fácil do que a da edição aplicada no ano passado. Apesar disso, surpreendeu ao apresentar temas atuais, dando uma cara mais "moderna" ao exame, segundo educadores ouvidos pelo g1.
Três destaques do primeiro dia (e um bônus):
A prova aplicada neste domingo (3) era composta por 90 questões de linguagens e ciências humanas, contando também com línguas estrangeiras e uma redação dissertativa-argumentativa. Ao todo, os alunos tinham cinco horas e meia para resolver todos os itens.
"De modo geral, a prova teve um nível de desafio médio. Contudo, o estudante que se preparou e realizou questões de anos anteriores não enfrentou grandes dificuldades, tendo como principal desafio a gestão do tempo", avalia Luiz Otávio Ciurcio Neto, coordenador do Poliedro Curso São Paulo.
Para Luiz Otávio Ciurcio Neto, coordenador do Poliedro Curso São Paulo, as questões corresponderam às expectativas sobre o exame. "Foi uma prova extensa, em que a leitura era a principal ferramenta, como já é característico do 1º dia", afirma Neto.
Diogo D’ippolito, coordenador do Colégio e Sistema pH, avalia que a prova do primeiro dia de Enem 2024 foi de média complexidade, e que manteve o padrão característico, tanto no formato quanto no conteúdo cobrado.
Os temas que contextualizaram as questões do exame foram o grande destaque, segundo os professores. Para Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora Pedagógica do Objetivo, o exame se apresentou moderno e bem antenado com questões sociais de mulheres, indígenas e negros.
Abaixo, confira a análise de professores sobre cada disciplina cobrada na prova deste domingo. As questões de educação física apareceram de maneira muito interdisciplinar, segundo professores. Por isso, não são comentadas abaixo.
As questões de filosofia que compuseram a prova de ciências humanas chamaram atenção dos professores por sua complexidade.
"As questões estavam um nível acima. Precisavam que o aluno tivesse um certo conhecimento sobre teorias, filósofos. [Eram] questões bem feitas — tirando a dificuldade — que envolvem ética e epistemologia", avaliou Rafael Lancelloti, professor do Cursinho da Poli.
Mário Marcondes, da Plataforma Ferretto, também considera que o nível de dificuldade das questões de filosofia foi alto, destoando da maior parte do exame.
Já Henrique Morele, professor de Filosofia e Sociologia do Colégio Oficina do Estudante, destaca a questão que tratava de posicionamentos filosóficos (número 49 na prova amarela) foi bastante reflexiva.
"O aluno teria que ter uma habilidade de leitura interessante e, além disso, retomar conceitos que ele aprendeu em aula para conseguir chegar no gabarito, que, inclusive, trazia um termo bem técnico também, um termo bem específico da história da Filosofia, o termo epistemologia", avalia Morele.
Marcio Pantoja, professor de Inglês do Colégio Oficina do Estudante, avalia que a as questões de inglês tiveram dificuldade média e não fugiram do padrão dos anos anteriores.
Mariana Billia, professora e coordenaora de inglês do Grupo Etapa, diz que as questões da disciplina foram variadas, com textos mistos. Ela analisa que as questões foram claras, com alternativas diretas, que devem ter sido de fácil resolução para os candidatos que leram com atenção.
"A prova de Espanhol exigiu um conhecimento básico dos candidatos, apresentando um nível de dificuldade considerado tranquilo. Não era necessário dominar profundamente a língua espanhola, pois era possível resolver as questões por meio de assimilação", analisa Luiz Otávio Ciurcio Neto, coordenador do Poliedro Curso São Paulo.