Visitas: 1707
Usuários Online: 1
Após ser adiado em uma semana, o julgamento do empresário acusado de matar, com um tiro na cabeça, a namorada, Gisely Kelly Tavares, em 19 de julho de 2017, começou nesta quarta-feira (27). Wilson Campos de Almeida Neto, de 48 anos, é julgado pelo crime de feminicídio, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, na área central do Recife (veja vídeo acima).
A sessão seguiu ao longo do dia com os depoimentos das testemunhas e, à noite, foi suspensa após o interrogatório do réu. O julgamento será retomado na quinta (28), às 9h, com os debates entre acusação e defesa, segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O júri deveria ter acontecido no dia 20 de novembro, mas foi adiado a pedido dos advogados do réu. A defesa alegou que novos documentos foram anexados ao processo fora do prazo legal e disse, ainda, que Wilson Neto é hipertenso e teve alterações na pressão no dia do julgamento.
A promotoria, que é responsável pela acusação, aceitou a mudança de data. Com isso, a juíza Maria Segunda Gomes de Lima, da Segunda Vara do Tribunal do Júri da Capital, adiou a sessão em uma semana.
Durante o julgamento, Carla Tavares, irmã da vítima, foi ouvida na condição de informante. No depoimento, ela informou que:
"[Queremos] sair daqui com a cabeça erguida de que ele foi penalizado pelo crime que ele cometeu de pegar um revólver e atirar na cabeça da minha sobrinha, que era um amor de criatura e gostava tanto de viver", afirmou Fernando Tavares, tio de Gisely, antes do início do julgamento.
No julgamento, devem ser ouvidas testemunhas de acusação, incluindo o ex-marido de Gisely Kelly, ex-funcionários, amigos da vítima e o perito que foi ao local do crime.
"É um processo com provas robustas de culpabilidade, e o Conselho de Sentença, representado pela sociedade do Recife, colocará um ponto final e dará eco a essa sede de justiça por Gisely Kelly, em nome de todas as mulheres que morrem abruptamente numa relação de confiança e até de amor, e por essa família que não descansa enquanto espera que a Justiça seja feita", declarou Dalva Cabral, promotora do Ministério Público de Pernambuco.