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Nas primeiras análises após o anúncio de medidas de contenção do crescimento dos gastos pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em pronunciamento oficial em cadeia nacional na TV, economistas avaliaram que o impacto financeiro nas contas do governo poderá ficar aquém do necessário. Além disso, causou preocupação o fato de que, junto das medidas, foram anunciadas as linhas gerais da reforma do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
Para Sergio Vale, economista-chefe da consultoria MB Associados, o pacote de contenção de gastos está aquém das expectativas e das necessidades para um ajuste estrutural de longo prazo.
Agora, fica a dúvida se o governo conseguirá a economia de R$ 70 bilhões em dois anos, estimativa anunciada pelo governo, não poderá acabar desidratada após o anúncio da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil.
Vale acrescentou que as demais medidas anunciadas já estavam dentro do que esperavam os analistas, e, por isso, não deve conseguir acalmar o mercado nos próximos meses e até os próximos dois anos:
— É o início de discussão que o governo coloca, mas não tem espaço político e dentro do governo para conseguir muito mais do que isso. A gente vai precisar esperar 2027, num próximo governo para tocar em medidas muito mais estruturais, muito mais profundas (em relação aos gastos públicos).